(ENEMPPL - 2017) No processo de criao da capa de uma revista, parte importante no s destacar o tema principal da edio, mas tambm captar a ateno do leitor. Com essa capa sobre os desastres naturais, desperta-se o interesse do leitor ao se apresentar uma ilustrao com impacto visual e uma parte verbal que agrega ao texto um carter
(ENEM PPL - 2017) Entrei numa lida muito dificultosa. Martrio sem fim o de no entender nadinha do que vinha nos livros e do que o mestre Frederico falava. Estranheza colosso me cegava e me punha tonto. Acho bem que foi desse tempo o mal que me acompanha at hoje de ser recanteado e meio mocorongo. Com os meus, em casa, conversava por trinta, tinha ladineza e entendimento. Na rua e na escola nada; era completamente afrsico. As pessoas eram bichos do outro mundo que temperavam um palavreado grego de tudo. J sabia ajuntar as slabas e ler por cima toda coisa, mas descrencei e perdi a influncia de ir escola, porque diante dos escritos que o mestre me passava e das lies marcadas nos livros, fiquei sendo um quarta-feira de marca maior. Alvio bom era quando chegava em casa. BERNARDES, C.Rememrias dois. Goinia: Leal, 1969. O narrador relata suas experincias na primeira escola que frequentou e utiliza construes lingusticas prprias de determinada regio, constatadas pelo
(ENEM PPL - 2017) Tenho visto criaturas que trabalham demais e no progridem. Conheo indivduos preguiosos que tm faro: quando a ocasio chega, desenroscam-se, abrem a boca e engolem tudo. Eu no sou preguioso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me favorvel nas seguintes. Depois da morte do Mendona, derrubei a cerca, naturalmente, e levei-a para alm do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve reclamaes. Minhas senhoras, Seu Mendona pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora isto. E quem no gostar, pacincia, v justia. Como a justia era cara, no foram justia. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra do Fidlis, paraltico de um brao, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhes, juiz. Violncias midas passaram despercebidas. As questes mais srias foram ganhas no foro, graas s chicanas de Joo Nogueira. Efetuei transaes arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e no prestei ateno aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de rodagem. Azevedo Gondim comps sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e Delmiro Gouveia. Costa Brito tambm publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando o chefe poltico local. Em consequncia mordeu-me cem mil ris. RAMOS, G. So Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1990. O trecho, de So Bernardo, apresenta um relato de Paulo Honrio, narrador-personagem, sobre a expanso de suas terras. De acordo com esse relato, o processo de prosperidade que o beneficiou evidencia que ele
(ENEM PPL - 2017) Os esportes podem ser classificados levando em considerao critrios como a quantidade de competidores e a interao com o adversrio. Os chamados Esportes individuais em interao com o oponente so aqueles em que os atletas se enfrentam diretamente, tentando alcanar os objetivos do jogo e evitando, concomitantemente, que o adversrio o faa, porm sem a colaborao de um companheiro de equipe. Os Esportes coletivos em interao com o oponente so aqueles nos quais os atletas, colaborando com seus companheiros de equipe, de forma combinada, enfrentam-se diretamente com a equipe adversria, tentando atingir os objetivos do jogo, evitando, ao mesmo tempo, que os adversrios o faam. GONZALEZ, R J. Sistema de classificao de esportes com base nos critrios: cooperao, interao com o adversrio, ambiente, desempenho comparado e objetivos tticos da ao.EFDeportes, n. 71, abr. 2004. So exemplos de esportes individuais em interao com o oponente e esportes coletivos em interao com o oponente, respectivamente,
(ENEMPPL - 2017) Recusei a mo de minha filha, porque o senhor ... filho de uma escrava. Eu? O senhor um homem de cor!... Infelizmente esta a verdade... Raimundo tornou-se lvido. Manoel prosseguiu, no fim de um silncio: J v o amigo que no por mim que lhe recusei Ana Rosa, mas por tudo! A famlia de minha mulher sempre foi muito escrupulosa a esse respeito, e como ela toda a sociedade do Maranho! Concordo que seja uma asneira; concordo que seja um prejuzo tolo! O senhor porm no imagina o que por c a preveno contra os mulatos!... Nunca me perdoariam um tal casamento; alm do que, para realiz-lo, teria que quebrar a promessa que fiz a minha sogra, de no dar a neta seno a um branco de lei, portugus ou descendente direto de portugueses! AZEVEDO, A. O mulato. So Paulo: Escala, 2008. Influenciada pelo iderio cientificista do Naturalismo, a obra destaca o modo como o mulato era visto pela sociedade de fins do sculo XIX. Nesse trecho, Manoel traduz uma concepo em que a
(ENEM PPL - 2017) O jornal vai morrer. a ameaa mais constante dos especialistas. E essa nem uma profecia nova. H anos a frase repetida. Experincias so feitas para atrair leitores na era da comunicao nervosa, rpida, multicolorida, performtica. Mas o que o jornal? Onde mora seu encanto? O que sedutor no jornal ser ele mesmo e nenhum outro formato de comunicao de ideias, histrias, imagens e notcias. No tempo das muitas mdias, o que precisa ser entendido que cada um tem um espao, um jeito, uma personalidade. Quando surge uma nova mdia, h sempre os que a apresentam como tendncia irreversvel, modeladora do futuro inevitvel e fatal. Depois se descobre que nada substitudo e o novo se agrega ao mesmo conjunto de seres atravs dos quais nos comunicamos. Os jornais vo acabar, garantem os especialistas. E, por isso, dizem que preciso fazer jornal parecer com as outras formas da comunicao mais rpida, eletrnica, digital. Assim, eles morrero mais rapidamente. Jornal tem seu jeito. imagem, palavra, informao, ideia, opinio, humor, debate, de uma forma s dele. Nesse tempo to mutante em que se tuta para milhares, que retutam para outros milhares o que foi postado nos blogs, o que est nos sites dos veculos on-line, que chance tem um jornal de papel que traz uma notcia esttica, uma foto parada, um infogrfico fixo? Ter mais chance se continuar sendo jornal. LEITO, M. Jornal de papel.O Tempo, n. 5 684, 8 jul. 2012 (adaptado). Muito se fala sobre o impacto causado pelas tecnologias da comunicao e da informao nas diferentes mdias. A partir da anlise do texto, conclui-se que essas tecnologias
(ENEM PPL - 2017) Inovando os padres estticos de sua poca, a obra de Pablo Picasso foi produzida utilizando caractersticas de um movimento artstico que
(ENEM PPL - 2017) O ltimo refgio da lngua geral no Brasil No corao da Floresta Amaznica falada uma lngua que participou intensamente da histria da maior regio do Brasil. Trata-se da lngua geral, tambm conhecida como nheengatu ou tupi moderno. A lngua geral foi ali mais falada que o prprio portugus, inclusive por no ndios, at o ano de 1877. Alguns fatores contriburam para o desaparecimento dessa lngua de grande parte da Amaznia, como perseguies oficiais no sculo XVIII e a chegada macia de falantes de portugus durante o ciclo da borracha, no sculo XIX. Lngua-testemunho de um passado em que a Amaznia brasileira alargava seus territrios, a lngua geral hoje falada por mais de 6 mil pessoas, num territrio que se estende pelo Brasil, Venezuela e Colmbia. Em 2002, o municpio de So Gabriel da Cachoeira ficou conhecido por ter oficializado as trs lnguas indgenas mais usadas ali: o nheengatu, o banua e o tucano. Foi a primeira vez que outras lnguas, alm do portugus, ascendiam condio de lnguas oficiais no Brasil. Embora a oficializao dessas lnguas no tenha obtido todos os resultados esperados, redundou no ensino de nheengatu nas escolas municipais daquele municpio e em muitas escolas estaduais nele situadas. fundamental que essa lngua de tradio eminentemente oral tenha agora sua gramtica estudada e que textos de diversas naturezas sejam escritos, justamente para enfrentar os novos tempos que chegaram. NAVARRO, E.Estudos Avanados, n. 26, 2012 (adaptado). O esforo de preservao do nheengatu, uma lngua que sofre com o risco de extino, significa o reconhecimento de que
(ENEM PPL - 2017) dia de festa na roa. Fogueira posicionada, caipiras arrumados, barraquinhas com quitutes suculentos e bandeirinhas de todas as cores enfeitando o salo. Mas o ponto mais esperado de toda a festa sempre a quadrilha, embalada por msica tpica e linguajar prprio. Anarri, alavant, balanc de damas e tantos outros termos agitados pelo puxador da quadrilha deixam a festa de So Joo, comemorada em todo o Brasil, ainda mais completa. Embora os festejos juninos sejam uma herana da colonizao portuguesa no Brasil, grande parte das tradies da quadrilha tem origem francesa. E muita gente dana sem saber. As influncias estrangeiras so muitas nas festas dos trs santos do ms de junho (Santo Antnio, no dia 13, e So Pedro, no dia 29, completam o grupo). O chang de damas nada mais do que a troca de damas na dana, do francs changer. O alavant, quando os casais se aproximam e se cumprimentam, tambm francs, e vem de en avant tous. Assim tambm acontece com o balanc, que tambm vem de bailar em francs. SOARES, L. Disponvel em: http://gazetaonline.globo.com. Acesso em: 30 jun. 2015 (adaptado) Ao discorrer sobre a festa de So Joo e a quadrilha como manifestaes da cultura corporal, o texto privilegia a descrio de
(ENEMPPL - 2017) O comportamento do pblico, em geral, parece indicar o seguinte: o texto da pea de teatro no basta em si mesmo, no uma obra de arte completa, pois ele s se realiza plenamente quando levado ao palco. Para quem pensa assim, ler um texto dramtico equivale a comer a massa do bolo antes de ele ir para o forno. Mas ele s fica pronto mesmo depois que os atores deram vida quelas emoes; que cengrafos compuseram os espaes, refletindo externamente os conflitos internos dos envolvidos; que os figurinistas vestiram os corpos sofredores em movimento. LACERDA, R. Leitores. Metfora, n. 7, abr. 2012. Em um texto argumentativo, podem-se encontrar diferentes estratgias para guiar o leitor por um raciocnio e chegar a determinada concluso. Para defender sua ideia a favor da incompletude do texto dramtico fora do palco, o autor usa como estratgia argumentativa a
(ENEM PPL - 2017) Na tirinha, o leitor conduzido a refletir sobre relacionamentos afetivos. A articulao dos recursos verbais e no verbais tem o objetivo de
(ENEM PPL - 2017) Acho que educar como catar piolho na cabea de criana. preciso ter confiana, perseverana e um certo despojamento. preciso, tambm, conquistar a confiana de quem se quer educar, para faz-lo deitar no colo e ouvir histrias. MUNDURUKU, D. Disponvel em: http://caravanamekukradja.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012. Concorrem para a estruturao e para a progresso das ideias no texto os seguintes recursos:
(ENEM PPL - 2017) Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corredores e ptios at ao hospcio propriamente. A que percebi que ficava e onde, na seo, na de indigentes, aquela em que a imagem do que a Desgraa pode sobre a vida dos homens mais formidvel. O mobilirio, o vesturio das camas, as camas, tudo de uma pobreza sem par. Sem fazer monoplio, os loucos so da provenincia mais diversa, originando-se em geral das camadas mais pobres da nossa gente pobre. So de imigrantes italianos, portugueses e outros mais exticos, so os negros roceiros, que teimam em dormir pelos desvos das janelas sobre uma esteira esmolambada e uma manta srdida; so copeiros, cocheiros, moos de cavalaria, trabalhadores braais. No meio disto, muitos com educao, mas que a falta de recursos e proteo atira naquela geena social. BARRETO, L.Dirio do hospcio e O cemitrio dos vivos.So Paulo: Cosac Naify, 2010. No relato de sua experincia no sanatrio onde foi interno, Lima Barreto expe uma realidade social e humana marcada pela excluso. Em seu testemunho, essa recluso demarca uma
(ENEM PPL - 2017) A tecnologia est, definitivamente, presente na vida cotidiana. Seja para consultar informaes, conversar com amigos e familiares ou apenas entreter, a internet e os celulares no saem das mos e mentes das pessoas. Por esse motivo, especialistas alertam: o uso excessivo dessas ferramentas pode viciar. O problema, dizem os especialistas, o usurio conseguir diferenciar a dependncia do uso considerado normal. Hoje, a internet e os celulares so ferramentas profissionais e de estudo. MATSUURA, S.O Globo, 10 jun. 2013 (adaptado). O desenvolvimento da sociedade est relacionado ao avano das tecnologias, que estabelecem novos padres de comportamento. De acordo com o texto, o alerta dos especialistas deve-se
(ENEM PPL - 2017) Doutor dos sentimentos Veja quem e o que pensa o portugus Antnio Damsio, um dos maiores nomes da neurocincia atual, sempre em busca de desvendar os mistrios do crebro, das emoes e da conscincia. Ele baixo, usa culos, tem cabelos brancos penteados para trs e costuma vestir terno e gravata. A surpresa vem quando comea a falar. Antnio Damsio no confirma em nada o clich que se tem de cientista. Preocupado em ser o mais didtico possvel, tenta, pacientemente, com certa graa e at ironia, sempre que cabvel, traduzir para os leigos estudos complexos sobre o crebro. Portugus, Damsio um dos principais expoentes da neurocincia atual. Diferentemente de outros neurocientistas, que acham que apenas a cincia tem respostas compreenso da mente, Damsio considera que muitas ideias no provm necessariamente da. Para ele, um substrato imprescindvel para entender a mente, a conscincia, os sentimentos e as emoes advm da vida intuitiva, artstica e intelectual. Fora dos meios cientficos, o nome de Damsio comeou a ser celebrado na dcada de 1990, quando lanou seu primeiro livro, uma obra que fala de emoo, razo e do crebro humano. TREFAUT, M. P Disponvel em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2014 (adaptado). Na organizao do texto, a sequncia que atende funo sociocomunicativa de apresentar objetivamente o cientista Antnio Damsio a